Acabas por te habituar a tudo e a todo...sempre que te sentas a pensar, achas normal e até comum, porém quando vasculhas por entre ideias e ideais, apercebes-te que não é tudo tão comum quanto possa parecer.
Aprendes a manter vivo o sentimento de saudade, de forma repetida na cabeça e coração, para que nunca desapareça o que tens e quem tens dentro de ti.
Os minutos, as horas e os dias parecem apenas uma nova rotina à qual te adaptas com facilidade...como se a cama na qual adormeceste na noite passada não fosse igual à que te levantas pela manhã.
Acabas por pensar numa língua que em teu redor "ninguém" fala, passas a fazer pensamentos mais profundos sobre as coisas e os seus porquês...na esperança que cruzes a esquina, encontres alguém que pense igual e com quem o possas partilhar...seja tontice ou assunto mais sério. No entanto habituas-te a pensar e falar noutra língua, na qual as palavras escasseiam assim que começas o raciocínio.
Aprendes a ouvir em vez de falar, opinas e fazes juízos de valor, mediante as palavras que tens, que nunca alcançam a "intenção real" do que pretendes dizer.
Começas a aprender todos os dias, a absorver visões novas sobre as que tens, ultrapassas medos superficiais, aprendes a lidar com as situações com rapidez sendo sempre responsável, aprendes a ouvir outras vozes que falam das suas vivências, partilhas ideias e ideais nunca falados, escutas o que a tua cabeça te diz e evitas erros, começas a absorver uma quantidade interminável de coisas.
Começas a perguntar-te se realmente gostas do que fazes?! Se gostam do que fazes?! Que ambições e sonhos tens?! Pelo que queres lutar?! Que queres e não queres fazer?! Se realmente dás o teu melhor?! Se és "boa" naquilo que fazes?! Começas a sentir um turbilhão de incertezas, que não consegues explicar e no final perguntas-te se vale a pena tanta incerteza?!
Alguma vez te perguntaste do que és capaz?!
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