“Os espelhos são usados para ver o rosto, a arte para ver a alma."

No outro dia tive uma noite fantástica em casa com o Juanjo.

Curioso como desabafar pode saber tão bem, esqueces-te que afinal não custa tanto, quanto possa parecer, faze-lo.

Basta que o tomes como um exercício de alívio e de comunicação, acabando por ser uma aprendizagem e rotina que se cria.

Curioso como pode surgir um diálogo entre duas pessoas, de país e idioma distinto, e chegar-se à conclusão de que afinal não somos assim tão diferentes quanto possamos imaginar.

Tenho aprendido a lidar comigo a cada segundo e em cada situação, as vezes é inevitável zangar-me e passar-me com certas situações, no entanto, tenho sobretudo aprendido a ter mais cabeça e paciência com as diversas situações que me passam no dia-a-dia.

As relações com as pessoas são tão simples, mas ainda não entendi o porquê da insistência em complicar tudo.

Um obrigado e um abraço por vezes sabem mais que mil palavras rodeadas de efeitos decorativos bonitos e cores cintilantes.

Os detalhes são dos elementos que mais aprecio na vida.

Mas pergunto-me quantas pessoas passam ao lado desses pormenores?!

Quantos de nós vai pela rua olhando o chão?!

Quantos de nós não desvia o olhar do seu caminho habitual para apreciar o céu?!

Quantos de nós se preocupa mais com a imagem que os outros vão ter sobre nós e menos com a que nós possuímos de nós próprios?!

Porque mesmo quando tudo está negro em tua volta e parece que nada está vivo..........pode haver alguém que se sinta feliz com o balançar do seu corpo numa linha, como se nada fosse certo e como se nada estivesse seguro. Um balançar que poderia levar a um equilíbrio ou um desequilíbrio, porém nessa dança numa corda bamba nem segura nem insegura passamos nós a vida toda.

***